Cronologia do Carnaval Friburguense de 1641 a 2007

Publicado por Rota do Samba em

Cronologia do Carnaval Friburguense

 Texto de Ruben Sérgio dos Santos Venezia
Publicada em 29/08/2007

1641:
– O marco zero do carnaval do Rio de Janeiro ocorreu num domingo de Páscoa, na Rua Direita, antigo nome da Rua Primeiro de Março, durante as festas comemorativas da aclamação de El Rey D. João IV, primeiro monarca português.

1700 (era das primeiras descobertas de ouro em Minas Gerais):

– Em meados do século XVIII, surgem, no Rio de Janeiro e Bahia, as lendárias e divertidas músicas de barbeiros. São pequenos grupos musicais compostos de escravos negros barbeiros. Segundo estudiosos, essa seria a primeira verdadeira manifestação de uma música popular brasileira instrumental de entretenimento público. Essas pequenas orquestras ambulantes tocavam flauta, cavaquinho, violas, rabeca, trompa, pistão, pandeiro, tamboril, machete, e interpretavam, muito à sua maneira livre, fandangos, dobrados, quadrilhas, lundus e polcas num repertório bem diverso.

1723:
– Chega ao Brasil o Entrudo. Trazido pelos portugueses, das ilhas da Madeira dos Açores e do Cabo Verde.

Do termo latino introitus, Entrudo significa início, começo, entrada da quaresma. Divertimento, entremeado com alguma violência. Praticava-se o entrudo nos três dias anteriores ao início da quaresma (quarta-feira de cinzas), a partir deste dia até ao domingo de Páscoa, os fiéis ao catolicismo deveriam se privar em alimentar-se de carne. Conclui-se que vem daí o vocábulo “carnaval”, derivado da expressão “carnen levare”, do latim medieval, depois modificada para “carne, vale!”.

1817:
– Em 18 de maio, o agente Sébastien-Nicolas Gachet, encarregado pelo Governo Friburguense, parte para o Rio de Janeiro a fim de negociar a criação de uma colônia suíça, no Brasil.

1818:
– Em 16 de maio, o rei Dom João VI ratifica o tratado de colonização e financia a primeira imigração oficial do Brasil. Cem famílias suíças católicas foram autorizadas a ocupar a Fazenda do Morro Queimado, Distrito de Cantagalo, situada a cinco dias de viagem do Rio de Janeiro, que daria lugar a uma colônia agrícola.

1820:
– No dia 3 de janeiro o Rei decreta a fundação da Vila de Nova Friburgo.
– Em 18 de fevereiro, a colônia está completa e conta 1631 pessoas.
– Finalmente, em 17 de abril inaugura-se a Vila de Nova Friburgo com a formação da Câmara Municipal. À noite, após a procissão desfilar pelo centro da Vila e a realização de um requintado banquete, os salões do “Castelo do Rei”, majestosamente ornamentados, foram abertos para recepcionar o povoado para um caloroso e animado baile.
– No dia 24 de junho, as casas se iluminam, os colonos fazem fogueiras, soltam fogos e dançam para comemorar São João, o padroeiro do lugar. A festa se estende até 29 de junho, dia de São Pedro.
– No primeiro agosto da Vila o Padre Joye abençoa o Estandarte Real e são lançadas, por ordem de D. João VI, as pedras fundamentais de importantes pilares de Nova Friburgo. Um grandioso cortejo parte do “Castelo do Rei” e percorre por toda a Vila. E já ao cair da fria tarde, os suíços caem na dança.

1824:
– No dia 3 de maio chega à Nova Friburgo, a primeira leva de imigrantes alemães. São recepcionados com músicas, danças e cantorias.

1831 (I Reinado: em 7 de abril, ocorre a abdicação de Dom Pedro I):
– Os grandes proprietários latifundiários criam a Guarda Nacional, cujos músicos militares fardados passam a incluir em seus repertórios oficiais, além das marchas e dobrados, trechos de música popular e de música clássica. Surgimento dos Coronéis do Sertão nordestino.
– Chega ao fim o regime colonial no Brasil. Com isso, Nova Friburgo adquire independência. A partir de então a administração direta da Vila de Nova Friburgo é substituída pela Câmara da Vila, a exemplo das outras localidades brasileiras. Monsenhor Miranda e o Major Francisco Salles Ferreira de Souza são afastados do poder decisório. Finalmente surgia uma luz no alto do Morro da Cruz. E tome festa, folia, desfiles e carnaval.

1863:
– Em 26 de fevereiro é fundada a Sociedade Musical Beneficente Euterpe Friburguense, pelo maestro Samuel Antônio dos Santos.

1870:
– Em 6 de janeiro deste ano é fundada a Sociedade Musical Beneficente Campesina Friburguense, com o propósito de animar os comícios republicanos, tendo à frente o Major Augusto Marques Braga.

1872:
– Em 10 de fevereiro registra-se um requerimento da Sociedade Musical Campesina Friburguense enviado à Câmara dos Vereadores, solicitando autorização para animar dois bailes carnavalescos: dia 11 e dia 13 de fevereiro no Edifício do Senado, na Rua do Senado (primeiro nome da Avenida Alberto Braune).

Desde então, cantos e batuques ecoam entre os montes e os vales da Vila. Misturam-se acordes de várias melodias. De cada frase musical fluem versos ritmados que representam ainda o “abre-alas” do espírito de cada folião e traduzem o encanto de uma Cidade que consegue, entre vales e montes manter-se no topo e atrair olhares de admiração.

1873:
– Em 09 de junho, o trem chega a Nova Friburgo.
– Registra-se em Ata da Câmara dos Vereadores, que na época lucrativa do cultivo do café, a realização de magníficos bailes carnavalescos. Os foliões elitistas brincavam animadamente e usavam fantasias luxuosas.

1890 (chega o anarquismo trazido por italianos):
– Em 18 de janeiro, Nova Friburgo é elevada à categoria de cidade. O município conta 18.287 e a cidade de Nova Friburgo 9.857 habitantes. Nesta mesma época a população do Rio de Janeiro atingia a marca de 522.651 habitantes.

1891:
– Em Nova Friburgo, as manifestações populares ganham o noticiário: dois Clubes Carnavalescos, “Phantasmas” e “Rei do Fogo”, desfilam pelas ruas da Cidade, distribuindo versos e flores.

1894:
– As agremiações de Nova Friburgo desfilam manifestando-se contra o projeto da luz elétrica, da água e esgoto, da Companhia de bondes movidos pela eletricidade e contra os impostos da décima urbana.
– Ruidosos Zé-pereiras e manifestações do Entrudo fazem parte do carnaval friburguense.

1896:
– O grande acontecimento do carnaval, em Nova Friburgo, foi a realização do baile a fantasia no edifício do Hotel Central.
– Evidencia-se o folião Doutor Farinha Filho, com suas originais fantasias, mas, sobretudo, com sua alegria contagiante.

1898:
– É expressamente proibido o uso de máscaras nos bailes do Hotel Salusse (Palácio das Fadas) de Nova Friburgo.
– O carnaval popular era realizado nos salões da Banda Euterpe e Campesina.

1900 (era da presidência de Campos Salles):
– Dois Salões dividiam os foliões de Nova Friburgo: o salão da Banda Campesina (baile dos pobres) e o Salão do Hotel Engert (elegantes bailes dos ricos).
– Realiza-se, na Praça XV, atual Praça Getúlio Vargas, um desfile de automóveis conversíveis, numa manifestação denominada de Corso, onde belas e gentis senhoritas exibiam seus charmes, atirando confetes e serpentinas no público presente.

1901:
– O Theatro Dona Eugênia abre seu salão para mais um animado baile. Os foliões friburguense, para se livrar das chuvas incessantes, buscam nos clubes, nos hotéis, nos cassinos e no theatro o refúgio perfeito para brincar o carnaval.

1903:
– Os verdadeiros foliões friburguense fazem apelo às autoridades policiais para coibir a prática do “bárbaro” Entrudo na Cidade.

1911:
– Instala-se a eletricidade em Nova Friburgo.
– As fábricas alemãs instaladas em Nova Friburgo, começam a produzir.

1912:
– O “Chuveiro de Ouro” e “Lyra Friburguense”, além dos belos cordões, dos carros ornamentados, dos automóveis enfeitados, animam as ruas da cidade de Nova Friburgo. Aumenta o uso do lança-perfume nas ruas e nos salões.

1914 (início de uma época de revoltas brasileiras):
– No concurso de Cordões, a Lyra Friburguense fica em primeiro lugar, seguido pelo Prazer da Infância e Chuveiro de Ouro, respectivamente.

1917 (época áurea dos Coronéis do Sertão):
– Registra-se em Nova Friburgo a presença nas ruas do Rancho Flor da Mocidade.

1918:
– Registra-se, neste ano, um animadíssimo carnaval em Nova Friburgo, principalmente na terça-feira, quando, quase mil foliões lotaram a Praça XV.

1922 (surgem movimentos de insurreição contra a República Velha):
– Semana de Arte Moderna de 22, um dos fatos marcantes do irreverente movimento de cunho antropofágico nacionalista.
– Desfilavam pelas ruas de Nova Friburgo os Ranchos: Flor do Jiló, Prazer da Mocidade (Campesina), Flor da Lira de Friburgo, União das Morenas, Estrela do Oriente, Chuveiro de Ouro, Treme Terra, Mimosas Violetas e outros.

1925:
– Sambas e Choros animam o carnaval friburguense.
– Os Sapeados de Nova Friburgo, importam os serviços do Cenógrafo Ramiro Domingues, do Rio de Janeiro.

1926 (época do governo de Washington Luís):
– Blocos e Cordões invadem as ruas e praças de Nova Friburgo.

1928:
– Gumercindo Oliveira lidera o Rancho Prazer da Mocidade, disputa a preferência popular com o Rancho Mimosas Violetas, do Presidente Henrique Raposo.
– Além do Friburgo Palace Hotel e Hotel Floresta, a Escola Sociedade Alemã também promove importantes bailes, inclusive com concurso de fantasia.

1929:
– Registra-se a presença do Rancho Prazer da Mocidade cantando um samba chamado “Quebra Baiana” de Adolpho Serpa e Pedro Baptista.
– Na alameda dos eucaliptos desfilam o Bloco Galo Pinica o Pinto, ex Já Quebrou, além do Bloco Meu Boi, Não Empurra que é Pior e o Bloco das Baronesas.

1932:
– Neste ano o Bairro de Conselheiro Paulino orgulhava-se de seu Rancho União das Meninas.
– As Mimosas Violetas desfilaram com belos carros ornamentados pelo competente cenógrafo Antônio Bonnan. Os versos e as músicas compostas pelo Maestro Joaquim Naegle, Pedro e Marino Pissialli.

1933:
– Em Nova Friburgo desfila o Cordão Flor do Lírio e o Bloco Linda Morena e o Bloco dos Malandros.

1937:
– Por decreto do presidente Getúlio Vargas as escolas de samba devem dar caráter didático a suas apresentações.
– Proibido o uso de lança-perfume.
– Inicia-se, em Nova Friburgo, a organização dos desfiles das agremiações. Ranchos e blocos realizam seus primeiros desfiles para julgamento obedecendo a critérios pré-estabelecidos. Na categoria Blocos, sagra-se campeão o Bloco Sossega Leão, criado na colônia de férias da Marinha (Sanatório Naval). Na categoria Rancho o campeão foi o Rancho Carnavalesco As Estrelinhas.
– No concurso popular promovido pelo Jornal A Paz o campeão foi o Bloco Manda Quem Pode, da Vila Amélia, seguido de As Estrelinhas, Quem é Bom não se Mistura e Sossega Leão, respectivamente.

1939 (Getúlio Vargas cria a Justiça do Trabalho e o Departamento de Imprensa e Propaganda, DPI):
– A primeira e mais importante música exportada aos Estados Unidos e Europa é “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso (1903-1964), e que inaugura o gênero samba-exaltação.
– Durante a década de trinta, registra-se a presença pelas ruas da cidade de Nova Friburgo o Bloco dos Índios, liderado pelo Cacique Otávio Líder Negro. (Teatro somente de negros); Bloco do Boi Ligeiro, liderado por Damasceno, Van-Erven-Tingly, Zé Leiteiro; Bloco do Boi, do Bairro de Olaria, tendo a frente Porfírio; Bloco Vaca Malhada, da região de Lagoinha.

1940:
– O Clube de Xadrez torna-se uma das mais importante atração do carnaval Friburguense. Nesta época o Clube destacava-se pelos famosos bailes carnavalescos e pelos seus concursos de fantasias. O seu Departamento Social era dirigido pelo Doutor Eugênio Francisco Pinto e secretariado por Virgílio Laginestra.

1943 (Getúlio Vargas instala a Fábrica Nacional de Motores, FNM, no Rio):
– Quatro grandes bailes agitam Nova Friburgo. Os foliões poderiam escolher brincar o carnaval no Cassino Turista, Clube do Xadrez, Legião Auri-Verde ou no salão da Banda Euterpe, além de um animado Banho à Fantasia no Olifas.

1946 (o general Eurico Gaspar Dutra toma posse na presidência):
– Desfilava pelas ruas de Nova Friburgo a “Turma da Boa Vontade”, formada por hóspedes da colônia de férias do Sanatório Naval. Chamada de Escola de Samba pelos cronistas por desfilar exibindo instrumentos de percussão tal qual as escolas de samba do Rio de Janeiro.
– Em 2 de Fevereiro, fundava-se, oficialmente, a primeira escola de samba friburguense, a Alunos do Samba. Dando continuidade ao trabalho iniciado no início dos anos 40 por Hélio Art Cortes, Hélio Silva, Hélio Monteiro, Fernando Alves Pena, Geraldo Magela Affonso, Nilton Thomás de Freitas, Jorge Costa, Joel Bravo, Gilberto Bravo, entre outros, assinam a Ata de Fundação da Escola: Orlando Silva, Paulo Floriano dos Santos e sua esposa Lurdes, Agnaldo Sevilha, José Pio, Sebastião Luna, Roberto Floriano dos Santos, Nélio dos Santos, Luiz Marinho, Luiz Medeiros, Maurício de Souza Lima, Genésio Martignoni, Antônio Magela Affonso, Sebastião Mendes Barbosa, Daniel dos Santos e outros. Acrescenta-se que foram mantidas as tradicionais cores: azul e branco, o pandeiro como símbolo e a Portela como madrinha.

1947:
– “O Nova Friburgo” publica uma nota denominada “A Prefeitura Facilitará”, na qual o Prefeito Hélio Veiga alega que por falta de verba não poderá auxiliar os grupos carnavalescos. No entanto, resolveu facilitar os bailes e diversões públicas, dispensando-as de emolumentos, e finaliza afirmando que o povo precisa de distração.
– Realiza-se o 1° concurso de escolas de samba de Nova Friburgo. O desfile ocorreu em frente ao Clube de Xadrez, Av. Rui Barbosa, hoje Galdino do Vale Filho. Esta Avenida serviu de palco para os desfiles de 1947 a 1952.

1948:
– Em 7 de setembro, funda-se, oficialmente, a Unidos da Saudade. Entre seus fundadores destaca-se Moacyr, Didi e Tito, além de Licinho (Pamparrão), Ferdinando, Tião, Belinho, Aguinaldo, Tião Freitas, Walter Veneno, Dalto Maluco, Edmar Santos, Acyr (Bitu), entre outros. Em pouco tempo a Rouxa e Branca do Perissê se tornaria uma das mais populares e querida escola de samba de Nova Friburgo.
– Em 23 de setembro, Nova Friburgo ganharia outra Escola de Samba: Grêmio Recreativo Vilage no Samba, que tem entre seus fundadores, além de Raul Trigo Sobrinho, Otávio Gorni, José Kalil Gastim, Michel Kalil Gastim, Gastim Kalil Gastim, Avelar Garcia, Edson Matheus, Teresa Matheus, Constante Trigo, Onofre Rodrigues, Nelson Rosa Frederico, Sebastião Rosa Frederico, Antônio José Nicolau Guzza, Eliude Vidal, Dário Salomão Borges, Adélia Trigo, Hélio Veiga, Luiz Carlos Sardou, Celso Arnoldo Salomão Borges, Evelina Faria, Luiz Carlos Feno Levorato, o Lilito e Luiz do Nascimento, o Leônidas.

1949:
– Em Nova Friburgo, registra-se a presença do Bloco Alô!, Alô! América, que tinha entre seus integrantes o friburguense Watson Macedo. Formado nos estúdios da Brasil Vita Filmes, Watson Macedo (1918-1981) começou sua carreira como cenógrafo e assistente de direção em 1938. Com um média-metragem em seu currículo, foi levado pelo diretor de fotografia Edgar Brasil para os estúdios da Atlântida, onde trabalhou como montador e assistente. Sua promoção a diretor coincidiu com a ascensão da comédia no repertório da Atlântida.

1953:
– Os desfiles das escolas friburguense passam a ser realizados no final da Praça XV de Novembro, atual Praça Getúlio Vargas. A comissão julgadora ficava num coreto onde hoje está instalado um parque infantil, ao lado da Rodoviária de Integração Cezar Guinle. Os desfiles permaneceram neste local até 1955.

1956:
– A partir deste ano os desfiles das escolas de Nova Friburgo passaram para a Rua Alberto Braune, atual Avenida Alberto Braune.

1958 (era desenvolvimentista de Juscelino Kubitscheck):
– O Jornal “A Voz da Serra”, destaca os bailes realizados no salão do Nova Friburgo Country Clube como o grande “debut” do ano.
– Na década de 50, as bandeiras das escolas de samba de Nova Friburgo, eram pintadas a óleo. Nesta época a Pintora Dinair Fontão pintava graciosamente as bandeiras da Alunos do Samba e Vilage no Samba.
– No sábado de Aleluia, deste ano, Alunos do Samba desfilou no Rio de Janeiro. A primeira e talvez a única a conseguir este feito, até 2007.

1960 (Juscelino Kubitschek inaugura Brasília):
– Em Nova Friburgo, o noticiário de “A Paz” intitula: Carnaval nos clubes: sensacional. Menciona, ainda, a decepção com o carnaval de rua pelo desânimo apresentado, e enaltece os bailes no Clube de Xadrez como a grande atração do carnaval.

1964 (golpe militar derruba o governo de João Goulart):
– “O Nova Friburgo” noticia: O Brasil sambou chorando. Sambou porque era carnaval. E carnaval sem samba não é carnaval. Chorou porque morreu o autor do maior samba do mundo. “Aquarela do Brasil”. Morreu Ary Barroso. Em 31 de março a história do Brasil sofreria outro baque, o golpe militar.

1968 (início da guerrilha urbana no país):
– Em 14 de março funda-se a Acadêmicos das Braunes. Foram seus fundadores José Damasceno, Pedro Ignácio e Érico Antônio Gripp. Suas cores: verde e rosa, seu símbolo o dragão.

1969:
– Em Nova Friburgo, os Bairros da Vila Nova, Duas Pedras, Chácara do Paraíso, Lagoinha, Tingly, Olaria, Ypu, Cordoeiro e Cônego, eram representados no carnaval por animados Blocos.

1970 (uma junta militar comanda o país, época do período mais brutal da ditadura militar):
– Em 15 de setembro é criada a Associação das Escolas de Samba Friburguense (AESFRI), sendo o Sr. Humberto Fontão o seu primeiro presidente.
– No dia 28 de Novembro a Diretoria da AESFRI, promoveu um evento para arrecadar fundos para as escolas de Nova Friburgo. Um show de passistas antecedeu o desfile das dez mais elegantes do samba da Guanabara, realizado no salão da Fábrica de Filó.

1976:
– Em 6 de janeiro, o Alunos do Samba, agora de Conselheiro Paulino, resolve assumir seu retorno aos desfiles, após um longo período de paralisação.
– No dia 29 de Março nasce, em Nova Friburgo mais uma importante escola de samba: a Imperatriz de Olaria. A Escola que tem como símbolo a “Coroa” e as cores Vermelha e Branca, em homenagem ao ex-Serrano Futebol Clube, é fundada com grande presença de público em passeata nas principais ruas da Cidade. Assim nasceu o G.R.E.S. Imperatriz de Olaria, que teve entre seus fundadores e presidentes David Urias Waldhelm.
– Os anos setenta, em Nova Friburgo, também foram marcados pelos grandes desfiles de fantasias, onde brilhavam Francis, Eduardo Rodrigues, entre outros.

1986:
– Último desfile da Acadêmicos das Braunes.

1987:
– Inicia-se a trajetória do Carnavalesco Eloy Machado, em Nova Friburgo, e nos brinda com belíssimos carnavais apresentados pela Alunos do Samba.

1990 (o presidente Fernando Collor de Mello, eleito pelo povo, lança o terrível Plano Collor, de confisco de poupanças populares):
– Unidos do Amparo desfila pela primeira vez como Escola de Samba. Data da transformação de Bloco de Enredo em Escola de Samba: 04/03/1989. Suas cores tradicionais são a prata e o ouro. Tem como símbolo o Leão. Ascendeu a condição de Escola de Samba após triunfar por diversas vezes na categoria de Bloco de Enredo. Neste ano o seu Presidente foi o Sr. José Elias da Rocha, o Zezinho.

1991:
– Fundação da Acadêmicos do Prado, herdando as cores verde e rosa, além do símbolo de um dragão da extinta Acadêmicos das Braunes. A mais nova agremiação de Nova Friburgo foi fundada em 9 de maio de 1991. Nasceu de uma fusão do Bloco Carnavalesco Unidos do Prado, da Escola de Samba Braunes Tradição e da Escola de Samba Acadêmicos das Braunes. Seu primeiro presidente foi o também fundador Antônio Carlos da Silva.

1992:
– Em 24 de setembro, foi fundada a Liga Independente das Escolas de Samba e Blocos de Enredo de Nova Friburgo (LIESBENF). Seu primeiro presidente foi Antônio Carlos da Silva.

1995 (Fernando Henrique Cardoso toma posse da presidência da República):
– Em caráter experimental as Escolas de Samba de Nova Friburgo, desfilaram na Avenida Euterpe Friburguense. Coube a Vilage no Samba abrir os desfiles.

1996 (começa a discussão das arrastadas reformas constitucionais):
– Os desfiles foram realizados, ainda, na Avenida Euterpe Friburguense. Nesta ocasião, Alunos do Samba conquistou o Bicampeonato.

1997:
– Os desfiles voltam a ser realizados na Avenida Alberto Braune.

2001:
– A tristeza toma conta dos foliões friburguense, por não haver desfiles de escolas de samba, blocos de enredo e blocos de embalo em Nova Friburgo.

2003:
– Realiza-se a 1ª Exposamba – Exposição de fotos da Vilage no Samba, nos 1º e 2º pisos do Friburgo Shopping, no período de 21 de fevereiro a 09 de março de 2003. Este evento foi criado e organizado pelo Colunista do Jornal A Voz da Serra, David Massena.
– A TV Zoom, neste ano, transmite os desfiles das escolas de samba com muito sucesso. Em contrapartida compromete-se a patrocinar o primeiro CD das escolas e Blocos de Enredo de Nova Friburgo.
– No dia 20 de dezembro, comemora-se mais um marco no carnaval de Nova Friburgo. Mediante uma memorável festa, no salão da Sociedade Esportiva Friburguense, é lançado o 1º CD, com os sambas enredos para 2004 das escolas de samba e blocos de enredo. A festa é abrilhantada com Show do intérprete, ainda da Imperatriz Leopoldinense, Davi do Pandeiro.

2004:
– Friburgo exporta valores para o carnaval do Rio de Janeiro: na Portela brilha o carnavalesco friburguense Jorge Marcos Freitas; no Barracão da Grande Rio, outro friburguense, Kleiton Eller, auxilia, como estagiário, o renomado carnavalesco Joãozinho Trinta; A vitoriosa Imperatriz Leopoldinense desfila com o samba de autoria de Jeferson Lima, natural de Nova Friburgo, Veneza, que há 20 anos deixou o Rio de Janeiro para viver em Nova Friburgo, além dos cariocas Carlos de Olaria, Me Leva e Guga.

2006:
– 1º Fórum de Carnaval de Nova Friburgo, nos dias 22, 23 e 24 de novembro, na quadra da Imperatriz de Olaria, por iniciativa de José Duarte.

2007:
– Em Nova Friburgo, duas escolas sagram-se campeãs: Unidos da Saudade e Imperatriz de Olaria.
– Em junho inicia-se uma série de reuniões promovidas pelo Conselho Municipal de Turismo de Nova Friburgo com os representantes das escolas de samba e blocos de enredo e diversas correntes do carnaval da Cidade.
– Em 15 de agosto registra-se mais um marco do carnaval friburguense. A partir do esforço da atual Secretária de Turismo, Cristina Bravo, e do atual Presidente da Liga Independente das Escolas de Samba e Blocos de Enredo de Nova Friburgo (LIESBENF), Luiz Carlos Teixeira, inaugura-se, finalmente, a tão ansiada sede da Liga no primeiro piso do Shopping Serra Verde (Terminal Rodoviário Sul).

2008:


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