Guaratinguetá: A hora da transformação

Publicado por Rota do Samba em

A HORA DA TRANSFORMAÇÃO

Unidos da Tamandare 2012

Unidos da Tamandaré – desifle 2012

            Nosso Carnaval acaba de iniciar um novo ciclo. Nos últimos dias, foi empossada a nova diretoria da OESG, a Organização das Escolas de Samba de Guaratinguetá, agora presidida por José Severino dos Santos. Porém, passados os momentos festivos, é hora de trabalhar. E bastante. Afinal, muita coisa precisa mudar no nosso carnaval, para que essa não seja no futuro apenas mais uma etapa, mais uma formalidade administrativa cumprida.

            Falo isso porque desejo, como tantos outros sambistas, ver o carnaval guaratinguetaense prosperar de vez, crescer no tamanho e na qualidade, e se tornar além de uma festa, um enorme atrativo. Conhecimento os novos dirigentes tem. Afinal, todos são oriundos de uma agremiação carnavalesca e possuem muitos anos de experiência, cada qual em sua Escola. Sem contar que muitos já trabalharam juntos na administração do carnaval, tanto recentemente quanto no passado. Portanto, já sabem como trabalhar.

            E dentro da linha de trabalho, neste início, gostaria de ver a OESG atuando com intensidade em duas frentes: uma com relação à sua própria autonomia e outra com referência à participação do poder público na cogestão do carnaval. Primeiro porque a Entidade Carnavalesca representa os interesses de suas filiadas e por isso não pode exercer apenas um papel coadjuvante. É preciso que sua voz tenha peso e que as decisões sejam tomadas em conjunto com ela. A unilateralidade tem que acabar.

            Segundo, porque o poder público não é o proprietário do bem cultural chamado Carnaval, embora detenha a posse dos mecanismos que o fazem – ou não – ser realizado. Neste aspecto, não se trata de travar uma “queda de braços” com a prefeitura, mas sim, chamá-la a ser parceira na realização da festa, em vez de contar apenas com seu apoio, como tem acontecido. Os dois lados devem sentar-se à mesa em condições de igualdade. O poder público tem que ser respeitado e a OESG tem que ter a sua funcionalidade legitimada e igualmente respeitada. Sem isso, o insucesso é fatal.

            Já vi ciclos se encerrarem e darem início a outros, que sucederam outros, que por sua vez fizeram com que outros começassem, e assim por diante, sem resultado prático. Não se trata tão somente de mudar normas ou regras, mas de transformar ações. Como disse, conhecimento para isso não falta.

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Mário Santos – jornalista                                       e-mail: mariosantos@mail.com


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