União da Vila Rio Branco – Sinópse – 2012

Publicado por Rota do Samba em

G. R. E. S UNIÃO DA VILA RIO BRANCO

CARNAVAL 2012

ENREDO: “Abrem-se os Portais porque a festa vai começar, vem a ai a Vila alada ao refogado do Sandi festejar o povo de Jundiaí”.

 

PRESIDENTA: ÍRIS PEREIRA

 CAPÍTULO I – PORTAL EM PRETO E BRANCO

 Abrem-se o grande portal do Olimpo a morada dos deuses, protegido pelos guerreiros gregos surge esplendoroso Zeus, o deus de todo o povo grego na sua magnitude. Vem com seu peitoral se aço e a lança dourada decretando: O grande espetáculo irá começar e a Vila Rio Branco vem magnifica, vem pulsante, vem poderosamente falando.

Inicia esta trajetória em preto e branco, para explodir nas cores da alegria. É mais que um conto, além de um fato que hoje aqui se faz presente, falamos do mais belo dos belos. O caminhar daquele que veio com a mesma missão do grande Zeus, alegrar, encantar, unir famílias e agregar gerações, sem pedir nada, dando tudo em nome da alegria para se viver bons momentos.

A Vila da Asas ao Refogado do Sandi, o bloco da felicidade neste espetáculo cultural de Jundiaí que é o nosso Carnaval de rua. Explode a sexta-feira e antecipa o grande dia do Carnaval através do confronto entre confete e serpentina. Faz explodir na Cidade um sorriso largo em cada rosto do povo da minha Terra.

É Carnaval e o Refogado está na rua, é sexta-feira e a folia se faz nostálgica arrastando multidões pelas ruas do nosso velho centro, é uma tela que a Vila pinta em preto e branco na busca da sagração dupla em 2012.

 CAPÍTULO II – BLOCO DO POVÃO, O BLOCO DO ARRASTÃO.

 Várias vertentes deram origem ao nascimento do Refogado do Sandi, tudo começa no final dos anos 60 quando a moçada se reunia para fazer festa carnavalesca na Avenida São João. O Samba rolava cadenciado, o grupo se reunia no bar do Ênio Baialuna. Na frente do bloco vinha à rainha Dagmar Fortes em um bailado eletrizante como uma bandeira aberta. Deste Bloco nasceu mais organizado a Banda da Ponte criada na casa de Leta e Oswaldo Bárbaro, pai do jornalista Picôco.

Já nesta época a banda desfilava na sexta feira à tarde fazendo o percurso da ponte São João, indo parar nas ruas centrais da cidade. A Musica rolava solta ao som dos instrumentos de sopro e percussão a multidão cada vez mais crescente. Músicos, Porta Estandarte embalados na festa de Momo que se iniciava.

A banda tinha seu compositor mor, Eraze Martinho. No inicio dos anos 90, Eraze Martinho, não se conformava com o desaparecimento do Bloco Estamos na Nossa e a Banda da Ponte, por mais de três anos tentou arregimentar amigos para formação de um novo Bloco.

 Em 1994 fundou o Refogado do Sandi, a origem de seu nome vem de um refogado que a tia Diva e Tia Sandra preparavam e servia durante o encontro de amigos no bar de Sandra e Diva com o nome de Sandi, que é a junção de Sandra e Diva, cujo eram proprietárias. Assim nasceu este que se tornou um bloco que arrasta todos os anos multidões pelas ruas do centro escrevendo páginas maravilhosas em um carnaval não oficial. Hoje o Bloco se concentra diante do majestoso prédio Gabinete de Leitura Rui Barboza.

CAPÍTULO III – O ARQUITETO DA FOLIA

 Em 1º de abril de 2006, deixa o campo carnal Eraze Martinho, homem que viveu muitos momentos marcantes na sua vida que o fez personagem na história de Jundiaí, folia e sossego era sua marca.

A folia era o que embalava este filósofo popular, este compositor, este político, este amigo de todos. Não encontrava obstáculo para colocar o Bloco que fundou na rua, transpunha qualquer barreira para isso. Fora da época de carnaval tinha seu cantinho de sossego no seu sítio com o nome de “Sem Fim”, assim como nos contos imaginários vivia ali estes momentos, cuidando da terra rodeada por uma infinidade de pássaros.

Eraze trabalhou com publicidade. Em 2007 antes de completar um ano de ausência no plano físico o Bloco que ele fundou trouxe para o Carnaval a sua trajetória o tornando-o Enredo. Com certeza foi o desfile mais contagiante, a alegria pairava no ar porque certamente o folião Eraze, arquiteto da folia estava ali no meio de milhares de folião cantarolando o samba em sua homenagem.

Foi amigo de ilustres e companheiro do povão, esteve na Câmara Municipal, como Vereador por vários mandatos, mas sempre nos braços do povão para fazer a festa e hoje nesta parte do texto a festa é para você Eraze Martinho.

 PARTE IV- CARNAVAL DOS CARNAVAIS

 Desde sua fundação, a preocupação dos dirigentes do Bloco, foi de estar exaltando os próprios personagens do grupo. Por muitos anos, Eraze Martinho foi o compositor oficial e com sua morte esta missão passou para Wanderlei Pascoalini “Wandão” que além de um bom compositor, faz do pandeiro um show.

 Foram vários carnavais, além dos personagens tradicionais da festa, nos desfiles do bloco apareciam fantasias de palhaço, arlequim, pierrô e colombina. Na gloria da folia aparecia a japonesa, o índio, o mascarado, o africano.

Na onda das homenagens não se esqueceram de Rui Barbosa “O Águia de Haia”, e o grande fundador Eraze Martinho. No carnaval de 2011 o Bloco arrastou a multidão pelas ruas do centro homenageando o Clube Estrela da Ponte. A folia foi enriquecida com fantasias de grupos com o trevo verde da sorte, fantasia do bom malandro, cartas de baralho, rei por um dia, a majestade da folia, todo de ouro, o bailar da baronesa, príncipe negro.

Assim a tarde caia e a multidão cobria as ruas em um cortejo frenético. É o delírio da sexta feira de carnaval. Hoje o Refogado do Sandi é comandado e coordenado por Gisela Andrade Vieira, além de vários colaboradores.

 CAPÍTULO V- UMA VILA ALADA AO REFOGADO.

 E assim a União da Vila Rio Branco, traz para a passarela oficial a trajetória brilhante deste Bloco que já é esperado na sexta-feira de carnaval em nossa cidade. Refogado do Sandi, nunca recebeu uma verba oficial, busca durante o ano em suas festividades verba para colocar o Carnaval na rua.

É justo que a nossa Escola levante o Estandarte do Samba Tradição para agasalhar dentro de sua historia de carnaval este Bloco que faz nosso povo feliz em uma contaminação de êxtase e a alegria do bom viver para este povo trabalhador, ali também se reúnem ricos e pobres, negros e brancos, e quem quiser vir para esta folia que tem hora para começar e jamais para acabar, porque para Refogado do Sandi a alegria não tem fim.

 

 

 

 

 


2 comentários

caroline facci de brito · 18 de março de 2012 às 18:48

e espero que quando eu estiver masis velha vou desfilar como rainha da bateria

caroline facci de brito · 18 de março de 2012 às 18:47

eu desfilei aí nesta escola e amei tudo nesse carnaval!!

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