2011 – 9 de Julho – Bragança Pta – Enredo, Sinopse, Ficha Técnica e Letra

G R C Escola de Samba 9 de Julho

Bragança Paulista

CARNAVAL 2011

FICHA TÉCNICA:

Fundação: 01 de Maio de 1962
Símbolo: Coroa
Cores Oficiais: Vermelho e Branco
Conquistas: 10 títulos (1972, 1974, 1975, 1978, 1980, 1981, 1986, 1987, 1994 e 1995)
Endereço: Av. Alpheu Grimello, 13/1, Taboão – Bragança Paulista/SP.

Site: www.escoladesamba9dejulho.webnode.com.br

Presidente: João César (Cesinha)
Vice-Presidente: Silva
Carnavalesco: Comissão de Carnaval
Mestre de Bateria: Rafael
Rainha de Bateria: Jéssica
Mestre-Sala e Porta Bandeira: Bozó e Gí
Intérpretes Oficiais: Família Pires e Paulo D´Angelo

LETRA DO SAMBA ENREDO 2011 

Autores: Família Pires
Participação: JJPLC
Intérpretes: Família Pires e Paulinho D´Angelo

Reflete no povo a minha grandeza
9 de Julho eu sou,eu sou
Espelho, espelho meu
A vaidosa na avenida sou eu (2x)

Faça de mim a sua imagem
Oh! Meu criador
Surge um clarão no firmamento
O sol e a lua brilhou
O homem contemplando a natureza
Do espelho d’agua a inspiração
Buscando refletir o seu olhar
Segui caminhos da evolução
Segredos e mistérios na alquimia
Reluz a astrologia
E lá no céu o futuro desvendou

És a luz que ilumina a alma
Nos mostra o dom da vida
Orayê-yê Oh mãe oxum! Que nos traz axé
Espalha a força da fé! (2x)

Desperta o mundo de magia
Viajo pra outra dimensão
Da infância à fantasia
Criando asas na imaginação
Na fonte cristalina
Narciso revelou a vaidade
O ser humano se espelhou
Em busca da eterna perfeição
É carnaval, Vermelho e Branco vai prevalecer
Majestosamente , Quem é contra vai tremer !!!

 ________________________________________________________________________

DESFILE  2011

Alas: 12

Alegorias: 03

Bateria: média 95 ritmistas

Componentes: média 700 componentes

SINOPSE DO ENREDO  2011

ENREDO: ESPELHO, ESPELHO MEU, O MAIS VAIDOSO NA AVENIDA SOU EU

É com grande orgulho que o G.R.C. Escola de Samba 9 de Julho fará refletir o amor ao samba e falará do espelho, contando com toda a sua magia e encantamento.

No início tudo era treva, e Deus criou Universo. Criou-se a luz e separou o dia da noite. Separou as águas dos mares e rios, e separando as águas das alturas surgiu o firmamento. A terra firme apareceu vazia e sem vida, mas logo as plantas, as ervas e as árvores frutíferas surgiram e perpetuaram através de suas sementes.

Para marcar o tempo sobre a terra Deus colocou o Sol e a Lua no firmamento e ordenou que uma multidão de seres vivos povoassem a terra, e assim os animais numa riqueza de diversidade multiplicaram a criação. Mas na busca da perfeição Deus resolveu criar o homem à sua imagem e semelhança e ordenou que ele reinasse sobre os peixes, as aves, os animais e sobre toda a terra.

Mas o homem buscando respostas sobre a sua origem, sempre tentou reproduzir e refletir a sua própria face. Assim nos primórdios inspirando-se na natureza vendo seu reflexo nas águas cristalinas de espelhos d’água, surgiu a idéia de produzir elementos para que o homem pudesse representar a sua imagem.

Durante muitos anos, foram muitas as tentativas de se produzir matérias que possibilitassem a reflexão. Primeiro a lapidação de cobre, depois a criação do bronze, mas foi com a descoberta do vidro que surgiu o espelho como conhecemos hoje,

O espelho, refletindo luz e cor, influenciou a imaginação e aguçou a curiosidade humana, conferindo a ele um ar místico e mágico.

Os antigos se valiam dele tanto para o exercício de práticas mágicas, no campo da alquimia, como também para observar o firmamento, assim à humanidade aprendeu a ler o céu e estudar o comportamento dos astros por meio de amplos espelhos, que precederam os mapas astrais e possibilitaram o surgimento da astrologia.

Para os místicos, o espelho parece ser dotado de vida própria. Devido a sua particularidade de refletir imagens, nele colhemos aquilo que somos bem como tudo aquilo que deixamos de ser. Ele está presente nos oráculos da sorte e nos rituais de adivinhação. Nos altares de templos e igrejas simboliza o infinito poder do dom da vida.

O abebê (espelho) de Oxum – orixá feminino, dona do ouro, das riquezas e das águas doces – reflete riqueza, lucidez, beleza e fertilidade.

Já para as crianças, o espelho simboliza a possibilidade de passar para outra dimensão, e cruza-lo representa viver num mundo onde tudo pode, o tempo não conta, a brincadeira é ordem, tornando assim a possível aventura de chegar ao mundo mágico da fantasia.

Nos contos e fábulas o espelho é retratado como elemento de sonhos, liberdade e conquistas, que nos acompanham por toda a vida. Quem não se lembra da frase: Espelho, espelho meu…?

A vaidade humana está profundamente ligada ao uso do espelho. Na mitologia grega, Narciso viu seu rosto projetado na água e se apaixonou. Ali ficou e nunca mais parou de se contemplar. Com o tempo, seus pés se transformaram em raízes; seu corpo no caule de uma planta, seu rosto voltado para a água, numa flor branca, perfumada e solitária, condenando-se a uma imobilidade eterna por sua vaidade.

A vaidade reflete a incansável busca do ser humano por perfeição e eternidade, assim pensando na eternidade, o avanço tecnológico garantiu progresso e conquistas ao homem, descobrindo e aperfeiçoando técnicas de rejuvenescimento, fazendo com que vaidosos ao olharem no espelho, vejam sempre uma imagem que para ele manterá o encanto para todo o sempre.

E assim, “Espelho, espelho meu, que o mais vaidoso na avenida seja eu, não só para buscar a eterna juventude, mas que eu possa perpetuar o exemplo e a imagem do Criador, e que eu possa ter a honra e o merecimento de ser o seu ESPELHO”.

A Diretoria